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MIDI: Ligações mais comuns


Esta foi a primeira coisa que se pensou quando se criou o padrão MIDI. Usar um teclado para tocar outro. Vão algumas considerações práticas:


O teclado que vai comandar vai enviar as informações; portanto ligamos o cabo no conector MIDI OUT deste, e MIDI IN no teclado que vai receber as informações e ser comandado.
Como o padrão MIDI só envia comandos, para ouvir o som de cada teclado devemos ligar a saída de som de cada um e operá-las individualmente.

O fato de termos o segundo teclado ligado em MIDI não impede que ele toque sozinho. Caso façamos isso, ele responderá tanto pelo seu próprio teclado bem como as mensagens MIDI provenientes do primeiro teclado. O único limite é a sua própria polifonia.

Caso o primeiro teclado tenha sequencer, com este tocando vários canais independentes de instrumentos, o segundo teclado tem de estar no modo Omni off, modo muitas vezes chamado de "Multi". Atualmente este modo é padrão nos teclados.
O segundo teclado não afetará em nada o funcionamento do primeiro. Aliás, o primeiro teclado não tem como saber se existe outro teclado ligado ou não na saída MIDI. Ele apenas manda o comando, independente de estar conectado.

Lembre-se que mesmo se o primeiro teclado tiver uma polifonia restrita, isto não o impedirá de enviar comandos de notas tantos quanto forem requisitados. O padrão MIDI não depende da polifonia interna de quem o está gerando. Por exemplo, se tocarmos 30 notas e o teclado gerar apenas oito, ele enviará as 30 assim mesmo, e deixará soando as 8 notas internamente conforme seu critério de prioridade de nota.

Teclado com computador:



Não é muito diferente do que foi visto acima, porém assumindo que o computador não tem som interno, precisamos:

Ligar os dois cabos MIDI, um para mandar comandos para o computador, outro para que ele mande de volta para o teclado. Se quisermos apenas que o computador ‘toque’ o teclado, então bastaria um cabo (out no computador, in no teclado)

O que se passa no computador depende de que programa estamos usando. No caso do programa ser um sequencer, provavelmente vamos colocar nossas mãos mais tempo no teclado do computador no que o do synth. Isso porque o programa pode fazer diversas tarefas automáticas, como selecionar o canal MIDI que desejamos trabalhar, aumentar ou diminuir o volume do timbre daquele canal, mudar a quantidade de efeitos, pan, etc.

Lembre-se, porém que a maioria destas tarefas pode ser feita pelo painel do próprio teclado. O uso do computador não fará do synth algo a mais que ele não é, apenas poderá tornar o trabalho repetitivo mais ágil (isso depois de estarmos bem familiarizados com o computador e seus programas).

Por fim, digo que a maioria dos programas para computador normalmente é bem mais eficiente do que o seu equivalente interno nos teclados. Isso é verdade especialmente com sequencers, que ficam restritos à memória do synth, seu visor normalmente pequeno, em oposição à tela do computador, e à velocidade de processamento, que sempre são maiores mesmo no mais lento dos computadores.

O investimento inicial na computa de um computador é bem grande, daria para comprar outro teclado. Porém, ultrapassada esta dificuldade, e com o sistema funcionando, são grandes os benefícios proporcionados ao músico.





Fonte:Theophilo Augusto Pinto